Rio de Janeiro, 28 de maio de 2020.
Já faz dois dias que eu acordo de madrugada e me levanto mais ou menos às 5h da manhã. Tenho gostado desse esquema, porque agora, ao invés de ir dormir às 6h da manhã e acordar no fim da tarde (o que estava sendo recorrente na última semana), eu aproveito a manhã e durmo só do meio pro fim da tarde. Madruga acordadona... Corpo sem energia mas mente agitada. Que bela receita de merda (sim, fico puta!).
Voltei a ver uma série, agora vou acompanhar a segunda temporada. Se chama "She's Gotta Have It", remake de um filme do Spike Lee, dirigido agora pelo próprio Spike Lee. É uma obra prima. Conta as vivências de Nola Darling, uma jovem artista visual do Brooklyn. Ela é muito criativa e caótica, mas tem autoconfiança. Me lembra muito uma amiga, elas tem a mesma energia.
Essa série tem me inspirado nos últimos dois dias. Mesmo as mulheres mais fodas tem suas questões, inseguranças. Quem sou eu na fila do pão, né? Então acho que preciso me acolher um pouco e tipo "olha, tudo bem se sentir perdida". Mas bora se encontrar?
O se sentir perdida, acho que tem a ver com a criança interior. Mas me dar a mão e me guiar e me cuidar tem a ver com o papel de pessoa adulta e amadurecida que preciso desempenhar, me fazer esse favor. Pela manhã, hoje, ouvi um podcast enquanto lavava a louça, sobre a criança interior, com uma psicóloga e sexóloga, de nome Márcia Lins. Achei bastante interessante as pontuações, me vi em muitas situações ali. Por exemplo, ontem me estressei com a minha mãe porque ela me perguntou se eu ia dormir, de tarde, quando fui pro quarto após o almoço. Respondi rispidamente, nessas horas é quando eu falo algo como "me deixa!", pois sinto sempre no tom de voz dela um ar de crítica. Eu automaticamente, ao me sentir "errada" em alguma situação, me defendo e recuo totalmente, me justifico, ou as vezes "mando à merda", metaforicamente. Sou educada, nunca mandaria minha mãe à merda de verdade, mas é cada vontade que eu passo...
O se sentir perdida, acho que tem a ver com a criança interior. Mas me dar a mão e me guiar e me cuidar tem a ver com o papel de pessoa adulta e amadurecida que preciso desempenhar, me fazer esse favor. Pela manhã, hoje, ouvi um podcast enquanto lavava a louça, sobre a criança interior, com uma psicóloga e sexóloga, de nome Márcia Lins. Achei bastante interessante as pontuações, me vi em muitas situações ali. Por exemplo, ontem me estressei com a minha mãe porque ela me perguntou se eu ia dormir, de tarde, quando fui pro quarto após o almoço. Respondi rispidamente, nessas horas é quando eu falo algo como "me deixa!", pois sinto sempre no tom de voz dela um ar de crítica. Eu automaticamente, ao me sentir "errada" em alguma situação, me defendo e recuo totalmente, me justifico, ou as vezes "mando à merda", metaforicamente. Sou educada, nunca mandaria minha mãe à merda de verdade, mas é cada vontade que eu passo...
Hoje eu fiquei contando o tempo que meu crush demoraria pra me responder. Vi ele entrando e saindo do whatsapp durante 1 minuto e meio, e eu ali, gastando meu tempo nessa observação. Quando ele finalmente respondeu, adivinha? Fui rispida e deixei o assunto pra lá. Vontade de mandar à merda também.
Resumindo: Como conciliar o adulto e a criança que existem em mim? Quando minha mãe, com seu olhar inquisidor e julgador, vem me indagar algo ou me criticar, mesmo que não esteja explícito na fala, eu sempre me sinto atacada e coagida. Até que ponto ela está certa, e até que ponto estou na defensiva? Se o boy não me responde na mesma hora e mantém uma conversa paralela, mesmo que me atenda com carinho depois, até que ponto ele realmente está cagando pra mim e qual o limite da minha insegurança, que gera paranóias do tipo "o papo deve estar bom com outra mulher", mesmo que seja apenas suposição?
Hoje, por hoje, por agora, eu resolvi botar uma música que gosto no fone e escrever. Talvez focar em outra coisa, talvez aproveitar que minha orientadora me deu a grande moral de me procurar pra saber do meu trabalho (moral mesmo, eu sei o quanto é raro o orientador ficar de "cuidando"), o que pra mim é muito incentivador. Mas porque eu preciso de aprovação? Porque preciso de incentivo? Porque preciso me sentir priorizada e compreendida? Se eu não corrigir meus comportamentos infantis, como poderei me relacionar com o outro e comigo?
Sigo buscando respostas.
Resumindo: Como conciliar o adulto e a criança que existem em mim? Quando minha mãe, com seu olhar inquisidor e julgador, vem me indagar algo ou me criticar, mesmo que não esteja explícito na fala, eu sempre me sinto atacada e coagida. Até que ponto ela está certa, e até que ponto estou na defensiva? Se o boy não me responde na mesma hora e mantém uma conversa paralela, mesmo que me atenda com carinho depois, até que ponto ele realmente está cagando pra mim e qual o limite da minha insegurança, que gera paranóias do tipo "o papo deve estar bom com outra mulher", mesmo que seja apenas suposição?
Hoje, por hoje, por agora, eu resolvi botar uma música que gosto no fone e escrever. Talvez focar em outra coisa, talvez aproveitar que minha orientadora me deu a grande moral de me procurar pra saber do meu trabalho (moral mesmo, eu sei o quanto é raro o orientador ficar de "cuidando"), o que pra mim é muito incentivador. Mas porque eu preciso de aprovação? Porque preciso de incentivo? Porque preciso me sentir priorizada e compreendida? Se eu não corrigir meus comportamentos infantis, como poderei me relacionar com o outro e comigo?
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